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quinta-feira, 24 de maio de 2012

O apoio da OTAN a um Regime Nazista em plenos anos 90.

NOTA: Não tenho intenção alguma de ferir os católicos nesse texto.

O Início dos anos 90 é o começo do fim da Iugoslávia. O país, outrora grande amigo das potências ocidentais, é desmembrado pelas mesmas.

Um país, em especial, resiste ao fim da Federação: a Sérvia.
Por isso, as potências Ocidentais, notavelmente Alemanha e os EUA, investem nos mais violentos Serviofóbicos para seus planos de "Nova Ordem Mundial": neonazistas Kosovo-Albaneses, Islamistas radicais bósnios - e Nazistas Croatas. Foquemos no último.

Observe bem esta foto:


Parece um nazista alemão, certo?? É bem o perfil de um soldado da SS de Adolf Hitler. Tivesse ele um bigodinho, alguns poderiam até confundi-lo com o próprio Hitler.

Para quem pensou nisso, eu digo: "tão errado...e ao mesmo tempo, tão certo...".

Isso porque o homem da foto acima é Ante Pavelic. Ele não era alemão, era Croata. Mas serviu de fé e alma para a causa Hitlerista na Segunda Guerra.

Ele era o líder dos Ustashi - como eram chamados os soldados da Ustasha, um Partido fascista que governou a Croácia durante a agressão nazista que desmembrou a Primeira Iugoslávia. Ele até tinha um título: Poglavnik (o equivalente a Fuhrer - título de Hitler).

Pegue todos os regimes fantoches ocupados por Hitler durante a Guerra: França, Grécia, Albânia, Romênia...Você não achará um mais violento e sangrento que o "Estado Independente da Croácia" - quando o país era governado pela organização Ustasha.

A Ustasha era um Partido ultracatólico. Para eles, a religião do povo croata era o Catolicismo (e, até certo ponto, o Islã). Além de antissemitas, eles também eram anti-Sérvios. Certamente um seguidor do Cristianismo Ortodoxo, fortemente ligado aos Sérvios dentro da Croácia, não iria gostar muito de ser governado por um homem como Pavelic.

Principalmente por causa da política étnico-religiosa da Ustasha, que decidiu que 1/3 dos Sérvios Ortodoxos deveriam ser eliminados, 1/3 deportados, e o outro 1/3, convertidos. O regime Ustasha "convidou" os Sérvios Ortodoxos a se converterem aos padrões católicos por bem - ou por mal.




Aqueles que não se convertiam, eram enviados - junto com judeus, ciganos e outros típicos "inimigos raciais" do nazismo tradicional - aos campos. Notavelmente o campo de Jasenovac.

Aqui, você pode pesquisar mais sobre o campo de Jasenovac, na qual 600 mil pessoas morreram (para se ter uma idéia, 1 milhão morreram em Auschwitz) - algumas, de forma cruel, como tendo a cabeça cortada em competições. Entre as vítimas, há inclusive menores de 10 anos.

A Ustasha e os Neo-Ustasha não foram os únicos a se deliciaram com sangue sérvio inocente. As SS nazistas tinham uma divisão de voluntários muçulmanos da Bósnia (a 13ª Divisão de Montanha "Handschar") que lutaram contra os Partisans comunistas junto dos Ustashi. Anos mais tarde, o Islamismo radical seria novamente usado por potências imperialistas em uma campanha de agressão anti-Sérvia.

Mas isso já é outra história (o que, claro, não me impede de escrever mais um artigo).

Pavelic, a Ustasha, Jasenovac e o Estado Independente da Croácia tiveram seu fim quando os Partisans comunistas - liderados por Josif Broz Tito (Marechal Tito, também um Croata) derrotaram os nazistas na Iugoslávia (diga-se de passagem, com apoio da União Soviética de Stálin). Muitos membros do antigo regime foram julgados e executados (Pavelic e outros fugiram para a América do Sul, com a ajuda de padres católicos leais).

Logo, Tito chegou ao poder. Ele conseguiu recriar a Iugoslávia, desta vez sob um Partido Comunista (porém, não ligado a Moscou. Há até controvérsias sobre se essa "Liga dos Comunistas" era realmente Marxista-Leninista). Conseguiu fazer todos os fanáticos de todos os lados se sentirem, mesmo que só por algumas décadas, parte de uma grande família. Ao mesmo tempo, era amigo dos países ocidentais - e chegou a manter embaixadas em ditaduras da CIA. Estes mesmos países iriam provar que Kissinger não estava mentindo quando disse que "Os EUA não tem amigos, apenas interesses".

Quando o destino da URSS e de seus países aliados do Leste Europeu já estava selado com a traição Gorbatchoviana, Tito já havia morrido há muito tempo e o sentimento separatista/supremacista radical estava borbulhando novamente. Em 1991, um conflito começa entre os separatistas da Croácia e os Sérvios da Iugoslávia.

Os separatistas eram liderados por Franjo Tudman, general croata do Exército da Iugoslávia.


A Croácia de Tudman conseguiu reconhecimento de dezenas de países pelo mundo. Notavelmente, recebeu o apoio de Alemanha e EUA.

A Croácia de Tudman, entretanto, é uma versão mais light do Estado Independente fascista que governou o país na Segunda Guerra e que cometeu as mesmas brutalidades mostradas neste post.

Tudman está longe de ser um exemplo de "Democrata liberal", por mais que seu país seja parlamentar e multipartidarista. Ele já foi acusado de antissemitismo e negação de Holocausto (além de corrupção).

Normalmente, um negacionista de Holocausto que chega a um cargo de liderança dentro de um país, seria razão para o mundo ficar barbarizado. "Intelectuais" de direita balbuciariam em seus fórums de internet para que Israel ataque esse país. Todos sairiam as ruas para condenar o "nazista".

Mas, como o "nazista" em questão não é um muçulmano persa antiamericano e antissionista, mas um eslavo europeu pró-americano e antissérvio, ninguém está nem aí. Tentem pesquisar "Franjo Tudman" no Mídia Sem Máscara ou em qualquer artigo do Olavo de Carvalho. Se acharem, postem nos comentários. Eu os desafio.

É interessante, se pesquisarmos os simbolos nacionais da Croácia de hoje e procurarmos seus antecedentes, veremos que é a mesma bandeira da Croácia fascista de Pavelic (salvo mudanças mínimas). E não há uma bandeira igual antes dos anos 40.

Croácia de hoje.

File:Flag of Croatia.svg





Croácia fascista.

File:Flag of Independent State of Croatia.svg


Nas forças separatistas lideradas por Tudman também havia um forte sentimento de nostalgia fascista. Não só nas forças armadas, mas na própria sociedade croata em geral.



Grafite durante a guerra de independência. "NDH" é a sigla para "Estado Independente da Croácia".

Ustasha Croatian girls










Ustasha Croatian girls

File:Thompson Maksimir 17.6.2007 3.jpg



















- Sim, esta tatuagem é Ante Pavelic.

A maioria dessas fotos é de fãs de uma banda croata chamada Thompson. O seu vocalista lutou na guerra, e suas letras falam de patriotismo - e de ódio aos inimigos da pátria, família e sociedade da Croácia (leia-se: gente sérvia). Sentimentos iguais também encontram (muito) espaço no Hooliganismo do país.

Normalmente um país democratico, de "tradição liberal judaico-cristã" iria combater esses sentimentos de ódio. Especialmente se esse país recebeu apoio dos EUA - que lutou contra o Eixo (e se diz o vencedor da guerra, quando todo mundo sabe que foi Stálin) e a Alemanha - que luta contra seu passado totalitário proibindo até mesmo que se negue o Holocausto.

Mas como há interesses maiores que a justiça e o respeito aos que tanto sofreram nesse período, EUA, Alemanha e o resto da Europa decidiram deixar isso de lado por alguns segundinhos e agora apoiam neonazistas bárbaros.



NDH - Estado Independente da Croácia (sigla)

UBI SRBINA! - Mate os Sérvios!





Um comentário:

  1. leia !
    http://pt.scribd.com/doc/162638486/A-Cumplicidade-Da-Igreja-Com-o-Nazismo-e-o-Fascismo

    http://pt.scribd.com/doc/162636368/O-regime-brutal-da-Croacia-Catolica

    http://pt.scribd.com/doc/155603625/Holocaust-in-Nazi-Catholic-Croatia-1941-1945

    http://www.youtube.com/watch?v=8LmcpL-8Ytg

    http://www.youtube.com/watch?v=ygiED0FF-SQ

    http://www.youtube.com/watch?v=0TCZJp3wU7E

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