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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Quem foi Thomas Sankara?


Poucas pessoas da esquerda conhecem Thomas Sankara. Ele, que é considerado o Che Africano por suas semelhanças com o guerrilheiro argentino (desde a boina até o fato de falar francês e a amizade com Fidel) comandou um pequeno país africano por menos de uma década, mas fez ele progredir de forma extremamente rápida.

Em 1983, ele – então um capitão de 33 anos – liderou um golpe popular contra o governo do Alto Volta(antiga colônia francesa) e mudou completamente a política daquele país empobrecido.

A primeira ação foi mudar o nome do país para Burkina Faso (‘’Terra dos Homens Justos’’ na língua local) para tornar o país independente e destruir o odiado passado colonial. Não só isso, mas ainda livrou o país das dívidas e da influência do FMI e do Banco Mundial.

Suas políticas domésticas focaram em evitar a fome com uma reforma agrária com ênfase na autossuficiência, priorização da educação com uma campanha nacional de alfabetização, e promoção da saúde pública ao vacinar milhões de crianças contra doenças como meningite e febre amarela. Ainda fez uma ambiciosa campanha de construção de estradas e trilhas.

 Sankara também fez coisas maravilhosas para as mulheres. Mulheres conseguiram cargos em seu governo, que proibiu a mutilação genital, a poligamia e os casamentos forçados. Fez muito mais: encorajou-as a 
permanecer trabalhando e estudando mesmo se grávidas. Veja o discurso de Sankara sobre as mulheres em espanhol:


Para combater os corruptos, Sankara chegou a instituir tribunais revolucionários e mesmo Comitês de Defesa da Revolução (baseando-se na Revolução Cubana, que ele admirava)

Tais atitudes enfureceram os imperialistas franceses. 4 anos depois de tomar o poder, foi deposto e assassinado em um golpe financiado por um cara pago pela frança que até hoje é presidente do país.
Uma semana antes de morrer, declarou: ‘’você pode matar um revolucionário, mas não pode matar idéias’’.



sábado, 9 de julho de 2011

O imperialismo e a África


No dia 8 de Julho, aproximadamente ás 6 horas da tarde (horário de Brasília), o Sudão do Sul se tornou um novo país após décadas de guerra civil com o Norte. Dificilmente se pode ser otimista em relação a isso.

Como todos os países da África divididos por questões tribais intensificadas por agressões imperialistas, o país nascerá pobre e subdesenvolvido, apesar de rico em recursos.

Além do mais, a história nos mostra que a divisão do continente interessa aos imperialistas. Tomemos o tráfico de diamante na Serra Leoa, por exemplo. O tráfico de diamantes é um negócio lucrativo para o pessoal dos países desenvolvidos: é um metal precioso e resistente que pode ser usada para fazer jóias e trazer lucros para as empresas capitalistas. A Serra Leoa, país do Oeste da África, tem diamantes. Logo possuem a riqueza deste negócio dentro de suas próprias fronteiras.

Só que esta riqueza não vai para o povo da Serra Leoa, e sim para grandes corporações. O resultado desta exploração e investimento estrangeiro direto é um fenômeno chamado de ‘’diamante de sangue’’(2), onde grupos armados lutam pelo controle das minas de diamante e escravizam populações locais (3). As corporações têm pouca motivação para parar a compra dos ‘’diamantes de sangue’’, já que manter as facções em guerra uma com a outra diminui o preço dos diamantes

E o que acontece se um país dá mais participação econômica a seu povo? Países como Angola, Zimbábue e Líbia tentaram fazer isto e a ‘’comunidade internacional’’(quer dizer, EUA e UE) resistiu utilizando-se desde sanções até interferência militar. Não é preciso pesquisar sobre a guerra civil de Angola de 1975-2002 e que deixou 1 milhão de mortos(4). Basta ligar a TV e assistir os bombardeios da OTAN na Líbia.

O próprio Playstation tem sangue contido nele(5). Para que as crianças americanas possam matar alienígenas imaginários no conforto de suas salas, alguém perdeu a vida no mundo real. O Coltan é um minério encontrado na África central e utilizado para fazer laptops, ipods, videogames e até celulares. A maior parte se encontra na República Democrática do Congo, país que foi palco de uma guerra envolvendo Angola, Ruanda, Uganda e outros países vizinhos e deixou 3,8 milhões de pessoas mortas. O mais sangrento conflito da história da África e o pior desde a segunda guerra mundial. Como se não bastasse, o Congo se tornou o país com o maior numero de mulheres estupradas do mundo(6).

É dos interesses imperialistas manter a África desunida, porque assim não vai ser tão trabalhoso se empanturrar com suas riquezas enquanto os povos africanos morrem de guerras, AIDS ou fome.

Notas:
2. – Assista ‘’Diamante de sangue’’: filme com Leonardo Di Caprio e Jennifer Connely.
 3. – Destaque para  a ‘’Frente Revolucionária Unida (FRU)’’ grupo rebelde que aterrorizou o Serra Leoa na década de 90 com mortes, tortura, mutilamentos e estupros.


quarta-feira, 6 de julho de 2011

Onde há opressão, há resistência [VÍDEO]


"O imperialismo e todos os reacionários são tigres de papel" - Presidente Mao